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  • Foto do escritor: contatorederopa
    contatorederopa
  • 17 de out. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de out. de 2023

leituras e olhares feministas sobre a representação das mulheres em narrativas arqueológicas e visuais



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Colagem que ilustra a capa da edição da Revista de Arqueologia Pública que traz o texto das autoras.


#ParaTodoMundoVer Colagem com diversas fotografias e figuras. No centro a pintura de uma mulher da antiguidade clássica com um objeto que se assemelha a uma pena para escrever e que toca sutilmente seu lábio, ela parece pensativa. No canto superior esquerdo, fotografia de Maria Lugones, mulher branca, com cabelos curtos e com óculos, ela sorri. Era acadêmica e feminista argentina, falecida em 2020. No canto superior esquerdo, uma pintura que retrata Marielle Franco com um lenço com grafismos africanos na cabeça. Abaixo dela, sobre uma placa, a frase: “Marielle presente, hoje e sempre!”. Marielle era acadêmica, ativista e vereadora assassinada em 2018. No canto inferior esquerdo, há uma figura humana com farda, máscara, quepe militar e com a bandeira LGBT nas costas, como se fosse uma capa. Na montagem, parece pisar por cima de um monumento derrubado, uma cabeça de homem.


O artigo mostra como a subalternização das mulheres, sobretudo, não brancas e periféricas, é marca da modernidade ocidental colonialista e capitalista, sendo reiterada em diferentes narrativas e espaços. Uma vez que as políticas de representação e da memória atuam na imaginação acerca de quem somos e do que podemos desejar, em uma dimensão subjetiva e coletiva, esses episódios aprisionam as nossas possibilidades de existência.


Publicado em 2021 na Revista de Arqueologia Pública, essa foi a primeira escrita coletiva da ROPA. Inspiradas pela obra “Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano”, de Grada Kilomba, as autoras Camila A. de Moraes Wichers, Aluane de Sá da Silva, Giovanna Silveira Santos, Karlla Kamylla Passos dos Santos, Luciana Bozzo Alves, Paula Cristina de Almeida Silva, Wynne Borges Carneiro e Zilda Vieira Simas Oliveira narram episódios de racismo, sexismo e outros vetores de normatização e opressão de corpos femininos, feminizados e racializados. Os episódios são circunscritos por meio de representações de mulheres em diferentes suportes, como documentários, exposições, livros e histórias em quadrinhos.


Sem circunscrever-se a uma disciplina específica, sendo essa escolha política e crítica, a escrita das autoras, membras do coletivo naquele primeiro ano de existência, atravessa diversos campos da ciência, como, por exemplo, a arqueologia, a museologia a antropologia. Elas compreendem que a escrita é um convite à ação: que comecemos a desvendar os episódios de violência simbólica nas narrativas que nos rodeiam, provocando releituras e insurgências.


O texto compõe o Dossiê “Arqueologia, Patrimônio e Gênero: provocações feministas” da número 1, Volume 16, da Revista de Arqueologia Pública. Para acessar o texto publicado: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8663912

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